sexta-feira , 19 dezembro 2025
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Tesouro autoriza Correios a contratarem empréstimo de R$ 12 bilhões

O Tesouro Nacional aprovou, nesta quinta-feira (18), o pedido de empréstimo de até R$ 12 bilhões dos Correios. A operação é parte do plano de reestruturação da estatal, que pretende lidar com o rombo de mais de R$ 6 bilhões, que pode chegar a R$ 10 bilhões no fechamento do ano. O dinheiro virá de um grupo de cinco bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e Itaú.

O empréstimo deve custar quase R$ 14 bilhões em juros. O Tesouro, no entanto, alega que a nova proposta “representa uma diferença substancial nos encargos financeiros, implicando em redução de quase R$ 5 bilhões no custo com juros para os Correios em comparação à proposta originalmente considerada.”

Há, porém, uma ressalva: do valor contratado, a estatal só poderá movimentar R$ 5,8 bilhões nos últimos dias de 2025, para equalizar as contas na mudança do ano. A primeira proposta era de R$ 20 bilhões a 136% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), mas foi renegociada para R$ 12 bilhões a 120% do CDI após o órgão do Ministério da Fazenda impor um limite na taxa de juros.

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Operação ocorre em meio a greve dos Correios

Além do empréstimo, o plano de reestruturação prevê um plano de demissão voluntária para atingir até 15 mil funcionários. Em meio à situação da estatal, sindicatos da categoria decidiram entrar em greve, cobrando adicional de férias de 70%, pagamento em dobro aos fins de semana e a concessão de um vale-alimentação ou refeição de R$ 2,5 mil, em duas parcelas, benefício batizado de “vale-peru”.

O Tesouro Nacional ainda informa que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional participará da negociação dos contratos com os bancos. O Tesouro servirá como garantia, o que significa que, em caso de não pagamento, é o órgão fazendário que deverá arcar com a dívida.

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