terça-feira , 4 novembro 2025
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Tarifaço: comissão do Senado tenta prorrogação do prazo: 'O não já temos, viemos atrás do sim'

Senadores tentam interceder por Brasil nos EUA
Uma comitiva de senadores brasileiros está em Washington tentando convencer empresários e autoridades dos Estados Unidos a adiar a entrada em vigor das tarifas de 50% anunciadas pelo governo Trump contra produtos brasileiros.
Os parlamentares participaram de reuniões com a Câmara de Comércio dos EUA e ouviram de empresários norte-americanos que um manifesto em defesa da prorrogação do prazo pode ser publicado ainda nesta semana. A ideia é sensibilizar a Casa Branca sobre os impactos negativos da medida para os dois países.
“O ‘não’ nós já temos. Viemos atrás do ‘sim’”, disse o senador Nelsinho Trad (PSD-MS). “Se vai mexer ou não, só tentando vamos saber.”
Dentre os argumentos levados pela comitiva, está o curto prazo — de apenas 15 dias — entre o anúncio e a implementação das tarifas, o que compromete produtos já embarcados do Brasil e impacta especialmente setores de perecíveis.
“São cargas que já tinham saído do Brasil. É difícil para qualquer setor se reorganizar diante de uma mudança abrupta dessas”, afirmou Trad.
Os senadores também afirmaram que o Brasil está disposto a abrir um canal direto de diálogo entre os presidentes Lula e Trump. Segundo os parlamentares, essa conversa já está “na mesa” e poderia ocorrer por telefone ou presencialmente.
Brics
Além da agenda comercial, a delegação brasileira ouviu de representantes do Partido Republicano e de conselheiros do governo dos EUA que há preocupação com a atuação do Brasil no BRICS, especialmente na área de tecnologia e defesa. Um dos senadores afirmou que Washington enxerga como ameaça a parceria brasileira com a China em projetos como cabos submarinos e redes de satélites.
A comitiva afirmou que está aberta a debater essas questões, mas reforçou que espera uma postura de igualdade na negociação.
A carta da Câmara de Comércio — caso se concretize — será enviada a autoridades do Executivo americano. Parlamentares disseram esperar que o documento fique pronto até o dia 1º de agosto, véspera da entrada em vigor das tarifas.

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