A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) criticou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, por rejeitar a possibilidade de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na adulteração de bebidas com metanol. De acordo com a parlamentar, Derrite “não entende” a forma de atuação da facção.
“A coisa está feia — e é bem mais grave do que parece. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que o PCC não poderia estar envolvido nas mortes por metanol porque bebidas não dão tanto lucro quanto a cocaína”, disse Tabata Amaral em suas redes sociais.
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Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanol
William Cardoso/Metrópoles
Secretário Guilherme Derrite disse não haver indícios sobre a participação do PCC na adulteração de bebidas
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Tabata Amaral criticou Derrite por descartar envolvimento do PCC
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“Sim, o homem responsável por comandar a segurança do nosso Estado não tem a menor ideia de como o crime organizado opera”, completou a deputada.
“Sem indício”
Em entrevista coletiva sobre as investigações que resultaram na prisão de 41 pessoas por falsificação de bebidas com metanol, Derrite sustentou que “não há participação do crime organizado nesse processo”.
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“São locais distintos. Nenhum dos 41 presos pertence ou pertenceu a qualquer organização criminosa”, afirmou o secretário. “Até agora, não há nenhum indício, em nenhuma das prisões ou fiscalizações, da participação do crime organizado”, acrescentou.
“O crime organizado no Brasil, especialmente em São Paulo, tem por objetivo principal o lucro — e esse lucro é exponencial no tráfico de drogas. Na questão das bebidas, é infinitamente inferior. Por que uma organização criminosa que lucra exponencialmente com o tráfico de pasta base de cocaína, inclusive internacionalmente, migraria para um negócio muito menos rentável? Até aqui, não há nenhum indício da participação do PCC nesse processo”, concluiu Derrite.













