Suspeito de matar a ex-namorada a facadas em frente ao Memorial da América Latina, em São Paulo, Sidney Ferreira da Silva foi preso na noite desse sábado (20/9) pela Polícia Militar de São Paulo (PMSP). O feminicídio ocorreu em 2023 e ficou marcado pelo fato de a vítima, Renata de Souza Macial, ter denunciado agressões às autoridades antes de ser morta dois dias antes de ser morta.
Sidney foi encontrado na Vila Curuçá, na Zona Leste, pelos policiais. Ele foi encaminhado ao 63º Distrito Policial, da Vila Jacuí. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido durante as investigações. Ele era considerado foragido.
Renata de Souza Manoel já havia registrado ao menos dois boletins de ocorrência contra o ex-namorado Sidney Ferreira da Silva. O último deles, por ameaça, violência doméstica, perseguição e injúria, foi feito dois dias antes do crime.
De acordo com a investigação, o agressor coagiu Renata, mesmo com uma medida protetiva expedida pela Justiça contra ele. O suspeito teria se passado por um amigo de trabalho da vítima para conseguir encontrá-la.
A mulher relatou, ao registrar o BO, que o ex-namorado começou a xingá-la e ameaçá-la. Ela chamou a Polícia Militar e o suspeito fugiu.
Um mês depois, a vítima registrou um novo boletim de ocorrência de violência doméstica, lesão corporal e injúria contra o suspeito, na 7ª Delegacia de Defesa da Mulher. Na ocasião, um inquérito policial foi instaurado e foi solicitada medida protetiva de urgência ao Poder Judiciário, que foi deferida no dia seguinte.
Renata foi atacada a facadas dois dias depois. Ela chegou a socorrida na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos. O boletim de ocorrência teria sido encontrado pela médica que atendeu a vítima e foi entregue para a perícia.
O caso de feminicídio, então, passou a ser investigado pelo 23º Distrito Policial.