segunda-feira , 8 setembro 2025
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“Sem sanções, Irã aceita controle de programa nuclear”, diz ministro

Em artigo publicado no jornal britânico The Guardian neste domingo (7/9), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse que o país aceitaria o controle do programa nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais. Ele cita o grupo E3, formado por Reino Unido, França e Alemanha.

“O Irã está pronto para forjar um acordo realista e duradouro que implique supervisão inviolável e restrições ao enriquecimento [de urânio] em troca do término das sanções. Não aproveitar esta breve janela de oportunidade pode ter consequências destrutivas para a região e além, em um nível totalmente novo”, escreveu.

Araghchi destacou que o grupo E3 iniciou um procedimento visando restabelecer as sanções da ONU contra o Irã, como forma de retaliação diante da falta de avanços nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, especialmente no que diz respeito à contenção do desenvolvimento de uma arma atômica. Essas sanções foram suspensas como parte do acordo firmado em 2015 entre o E3, o Irã, os Estados Unidos, a China e a Rússia.

Teerã busca convencer os europeus a recuar dessa iniciativa no Conselho de Segurança da ONU, argumentando que a medida apenas favoreceria os interesses dos Estados Unidos, fortalecendo a posição de Washington nas negociações e deixando a Europa em segundo plano.

“A reimposição das sanções da ONU apenas excluirá os três países dos futuros esforços diplomáticos, com impactos negativos diretos sobre sua credibilidade e influência global”, alertou o ministro.

Apesar da disposição oficial para retomar o diálogo, o cenário interno iraniano é marcado por sinais contraditórios.

Enquanto Araghchi afirmou haver progresso em conversas com inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o acesso a instalações nucleares, o parlamento iraniano — de maioria conservadora — discute um projeto de lei que pode levar o país a abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear caso as sanções sejam restabelecidas. Essa medida impediria a atuação de inspetores internacionais em território iraniano.

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