quinta-feira , 24 julho 2025
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Pautar o impeachment de Moraes é obrigação de Alcolumbre, diz Flávio

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse, nesta quarta-feira (23/7), que é “obrigação” do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) pautar o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Mais cedo, o filho “01” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou um novo requerimento para cassar o mandato do relator de inquéritos que miram o ex-chefe do Executivo e aliados.

Flávio, que estava em Portugal desde o final da semana passada, retornou a Brasília às pressas na tarde desta quarta-feira para estar ao lado de Bolsonaro, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e de medidas cautelares impostas por Moraes —entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais, inclusive de terceiros, o que impede que ele conceda entrevistas a veículos de imprensa.

Questionado pelo Metrópoles na chegada ao Aeroporto Internacional de Brasília, disse que vai procurar Alcolumbre para explicar o novo pedido. O presidente do Senado, porém, já se posicionou anteriormente contra o impeachment de ministros do Supremo. Em uma entrevista, disse que a medida “não é a solução” e que acarretaria em um “problema para mais de 200 milhões de brasileiros”.

“É a obrigação do presidente do Senado, com o pedido de impeachment bem formulado e fundamentado, que ele paute isso e o plenário decida. É o que nós estamos pedindo já há alguns anos em função de o Senado não agir. É [por isso] que a democracia chegou nesse ponto de escolhambação que está hoje, porque o Alexandre de Moraes tem a certeza, parece que tem a garantia, tem um seguro com qualquer presidente do Senado, que nenhum pedido de impeachment vai andar no Senado contra ele”, declarou.

Sanções contra Motta e Alcolumbre podem atrapalhar

Como antecipado pelo Metrópoles, os presidentes do Senado e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), podem ter seus vistos de entrada aos Estados Unidos cancelados pelo governo do presidente Donald Trump. A informação foi antecipada pelo Metrópolese seguiria a mesma linha das sanções impostas a Moraes e aos demais ministros do STF como retaliação pelo julgamento de Bolsonaro.

Questionado, Flávio Bolsonaro disse que essas medidas, se confirmadas, podem atrapalhar a articulação da oposição no Congresso, que terá a anistia e projetos para limitar a atuação do Judiciário na agenda para os próximos meses. O senador defendeu o diálogo, mas disse que “uma intransigência” vista em torno da defesa de Moraes pode acarretar em novas reações de Washington.

“Eu sou sempre do diálogo, de construir, de conversar, mas quando há uma intransigência e nada mais pode ser feito, eu só enfatizo de novo: É uma possibilidade que pode ser que esteja lá na mesa do Trump, mas a gente não tem nenhum controle sobre isso. Eu acho que isso, obviamente, gera um espírito de corpo aqui, de mais unidade em torno do Alexandre de Moraes”, declarou.

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