O grupo criminoso liderado por um pastor, desarticulado durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), nessa quarta-feira (8/10), teria arrecadado cerca de R$ 3 milhões por ano com o call center que aplicava golpes em fiéis.
Agentes da 57ª Delegacia de Polícia (Nilópolis) prenderam, durante a ação, 35 pessoas envolvidas no esquema, incluindo o próprio pastor. Os policiais identificaram o estabelecimento, que usava a religião para obter vantagem das vítimas, por meio de trabalhos de inteligência e monitoramento da unidade.
Segundo as investigações, o grupo criminoso entrava em contato com as vítimas e oferecia orações em troca de dinheiro. A abordagem dos funcionários era previamente definida e todos os atendentes tinham um roteiro que deveria ser lido na hora da ligação.
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De acordo com a PCERJ, o local funcionava como uma verdadeira empresa. Todos os funcionários tinham uma meta de ligações a serem feitas e de lucro a serem subtraídos.
Confira as anotações feitas pelo grupo:
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Material cedido ao Metrópoles
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Depois de serem enganadas para aceitarem as orações, as vítimas realizavam transferências por meio de Pix ou boleto bancário, cuja destinatária era a esposa do pastor que estava envolvido no crime. Os valores eram, em média, de R$ 50.
Após o pagamento, as orações eram produzidas pelos atendentes por meio de inteligência artificial e adaptadas de acordo com a necessidade relatada pelas vítimas. A investigação continua para identificar os demais administradores do esquema e beneficiários.
Veja onde o call center fake funcionava:













