A nova sanção dos Estados Unidos contra o Brasil, agora com a Lei Magnitsky aplicada contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já tem sua primeira repercussão: fazer subir no telhado a boa vontade no Supremo para reduzir penas dos condenados por tentativa de golpe de estado.
Houve uma alteração da proposta de anistia para o que se chama na Câmara dos Deputados, agora de proposta de dosimetria — para reduzir as penas aplicadas. Se existia alguma boa vontade com a proposta, a nova sanção fez com que ela tenha desaparecido na Corte.
Ministros do Supremo ouvidos pelo blog se mostraram abatidos. Consideram que a resposta dos EUA foi um golpe baixo e que a questão não vai acabar enquanto Trump não quiser — ou enquanto ele estiver à frente do país. Não há sinais de melhora no estado, pelo contrário.
Interlocutores da Câmara já estão cientes de que o clima no STF mudou em relação à semana passada, quando integrantes avaliavam possíveis propostas nesse sentido. Agora, até mesmo o presidente da Casa, Hugo Motta, sabe que a situação é outra com a imposição de uma nova Magnitsky.
Dos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo seguem com a tática de que só aceitam as coisas como eles querem. Caso contrário? É Lei Magnitsky no Brasil.
Daqui a pouco, seguindo os passos como estão sendo dados nos últimos meses, os dois vão ter que brigar para sancionar a República inteira. Como resposta, a República terá que se unir contra as ambições de Eduardo e Figueiredo.
Por ora, a primeira reação das instituições brasileiras, vinda dos bastidores, é reduzir a quase zero uma chance de diminuir as penas aplicadas para condenados por golpe de estado. Entre eles o pai de Eduardo, Jair Bolsonaro.