quarta-feira , 31 dezembro 2025
Lar Cidade Moro critica julgamento de Bolsonaro no STF: “Penas excessivas”
Cidade

Moro critica julgamento de Bolsonaro no STF: “Penas excessivas”

O senador da República Sergio Moro (União-PR) afirmou, nessa quinta-feira (11/9), que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, realizado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), foi marcado por “excessos”, mesma palavra que ele utilizou para definir as penas aplicadas ao ex-presidente e aos outros sete réus também condenados.

“O julgamento termina como começou, com excessos. Mesmo no cenário condenatório, sobre o qual há mais do que dúvidas razoáveis, as penas são excessivas contra o ex-presidente Bolsonaro e os generais”, escreveu no perfil dele na rede social X.

Além de comentar sobre as penas, Moro criticou o fato de o caso ter tramitado na Corte Suprema. “O caso deveria ter sido julgado regularmente na primeira instância”, pontuou o senador que foi ministro da Justiça do então presidente Bolsonaro.

Postagem de Sergio Moro

Condenação

A condenação de Bolsonaro foi deliberada após os membros da Primeira Turma do STF formarem maioria, por quatro votos a um. O ex-presidente foi responsabilizado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. A pena determinada é de 27 anos e três meses de prisão.

Por maioria, os magistrados validaram as provas apresentadas na denúncia do caso pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os réus foram acusados de desenvolver um plano para impedir que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tomasse posse. O intuito era, conforme a PGR, manter Bolsonaro no poder.

A condenação da Primeira Turma do STF também foi imposta aos outros sete réus na Ação Penal 2.668. São eles: Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, general e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil.

Veja as penas individualizadas:

Artigos relacionados

Fagner volta a Brasília, lugar onde tudo começou, em 24 de outubro

Raimundo Fagner, dono de uma voz “rascante e inconfundível”, tem uma história...

Terremoto de magnitude 7,6 atinge Filipinas e gera alerta de tsunami

Um forte terremoto de magnitude 7,6 atingiu o sul das Filipinas na...

Procuradora que processou Trump é alvo de investigação federal nos EUA

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, foi acusada de fraude bancária...

Vídeo: filho mantinha mãe idosa em condições insalubres há 15 anos

Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resgataram, nesta quinta-feira (9/10),...