Em conversa com interlocutores nesta terça-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desabafou que não há nenhum canal de negociação direta e fluido com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Lula disse que, institucionalmente, há conversas no nível diplomático, mas que não chegam até a Secretaria de Comércio dos EUA tampouco à Casa Branca.
Por isso, avaliou com aliados, a esperança está na pressão de empresários americanos que vão ser afetados pelo tarifaço para fazer Trump recuar de sua intenção de manter a alíquota de 50%.
No momento, de forma imediata, a expectativa do governo brasileiro é que o governo dos Estados Unidos pelo menos adie o prazo de entrada em vigor das tarifas recíprocas no caso brasileiro.
Se o cenário pessimista ocorrer, e Trump não recuar, o governo Lula pode oferecer crédito emergencial para os setores que forem mais afetados com a queda de exportações. Seria criada uma linha emergencial de crédito, dentro de um plano de contingência, caso o pior ocorra.
No meio empresarial, o mesmo diagnóstico é feito. Empresários alertam que as negociações estão paradas, não evoluindo, e a data de 1º de agosto, quando as tarifas recíprocas vão entrar em vigor, está se aproximando.
Segundo um empresário, infelizmente a questão política contaminou as negociações comerciais e está fazendo com que o Brasil seja deixado de lado neste momento.