sexta-feira , 19 dezembro 2025
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Justiça manda soltar Vorcaro e outros envolvidos no Master

O banqueiro Daniel Vorcaro e outros quatro envolvidos nas supostas fraudes financeiras que levaram à liquidação do Banco Master tiveram ordem de soltura da Justiça Federal nesta sexta-feira (28). Todos terão de usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas.

A decisão, proferida pela desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), reconhece que Vorcaro e os demais suspeitos não representam “grave ameaça”. A magistrada também considerou que, apesar de o banqueiro ter sido preso no aeroporto internacional de Guarulhos pronto para embarcar ao Exterior, não havia “risco de fuga” dele.

A magistrada considerou que o afastamento de Vorcaro da gestão do Master e o regime especial imposto pelo BC reduzem o risco de reiteração dos delitos. “Não há demonstração de periculosidade acentuada ou de risco atual à ordem pública que, de forma excepcional, justifique a manutenção da medida extrema da prisão preventiva”, escreveu Solange Salgado.

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Além de Daniel Vorcaro, foram soltos seu ex-sócio Augusto Lima, Luiz Antônio Bull, Alberto Félix de Oliveira e Angelo Ribeiro da Silva. Todos foram presos na Operação Compliance Zero, que apurou uma suspeita de gestão fraudulenta e organização criminosa nos negócios do banco Master, em especial na sua ligação com o Banco Regional de Brasília.

Apesar da soltura, a Justiça determinou medidas cautelares, incluindo a retenção dos passaportes, monitoração eletrônica (uso de tornozeleira), proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial e proibição de gerir instituições financeiras.

A prisão do empresário foi realizada no aeroporto de Guarulhos pela Polícia Federal (PF) na noite de 17 de novembro, quando ele se preparava para embarcar rumo à Europa. Na véspera, um fundo de investimento anunciou a compra do banco.

Vorcaro foi preso com liquidação do Banco Master

Além da prisão do dono do Banco, o Master sofreu uma liquidação extrajudicial, decretada pelo Banco Central do Brasil (BC). A justificativa do banco é a existência de “graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes”.

O banco oferecia investimentos com retorno de 140% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), enquanto os concorrentes prometiam remuneração em torno de 100%. Com a liquidação, os investidores do CDB (Certificado de Depósito Bancário) com aportes de até R$ 250 mil receberão de volta os valores por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Investimentos maiores entrarão na lista de credores e deverão aguardar pelo pagamento durante a fase de liquidação.

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