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Justiça autoriza quebra do sigilo dos cartões corporativos do Corinthians

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público e autorizou a quebra do sigilo dos cartões de crédito do Corinthians durante o período entre janeiro de 2018 e maio de 2025.

O período abrange as gestões dos ex-presidentes Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo. Em nota divulgada na última terça-feira, o Corinthians afirma ter entregado todos os documentos pedidos pelo Ministério Público de São Paulo. A informação da quebra do sigilo foi dada inicialmente pelo ge e confirmada pelo UOL.

A juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro também autorizou a quebra do sigilo dos cartões de crédito e das notas fiscais do Oliveira Minimercado. O estabelecimento é suspeito de ser de fachada e emitiu algumas notas para o Corinthians em 2023. A empresa entrou com um pedido de habeas corpus. Ainda não há decisão quanto a solicitação.

A Justiça também quebrou o sigilo de um restaurante onde notas fiscais mostram gastos de R$ 6,3 mil, na gestão de Duílio. O quilo da comida no estabelecimento custa R$ 53. A foto do local, em Guaianazes, indica um lugar bastante simples, o que levantou a suspeita de irregularidade.

O uso dos cartões corporativos do Corinthians passou a ser investigado pelo MP-SP em julho. Oitivas com membros da atual gestão, comandada por Osmar Stabile, e do Conselho Deliberativo foram realizadas no começo de agosto.

As polêmicas envolvendo supostos usos indevidos dos cartões começaram com Andrés Sanchez. O ex-presidente foi cobrado pelo Corinthians e admitiu ao UOL ter gastado pouco mais de R$ 9 mil para fins pessoais há cinco anos. Ele afirmou que devolveria o valor com juros e correção monetária.

Duílio veio logo em seguida. Segundo matéria divulgada pelo ge, o ex-presidente teria gastado cerca de R$ 86 mil no cartão corporativo. As compras incluíam cerveja e remédios para disfunção erétil. Ele se defendeu e afirmou que as compras não foram feitas a seu mando.

Augusto foi incluído na lista no começo de agosto. Ao MP, o superintendente financeiro, Roberto Gavioli, deu a entender na sua oitiva que não há fiscalização substancial dos gastos, apenas formalidades. Por isonomia, os anos sob o comando de Melo serão também investigados.

Em meio às investigações, o MP-SP pediu à Justiça o afastamento de Augusto Melo, Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves de conselhos do Corinthians. A decisão ainda não foi proferida.

Entre as ofensas citadas no processo estão “ladrão”, “filho da puta”, “líder de quadrilha”, “bandido” e “pilantra”; Andrés pedia uma indenização de R$ 30 mil por danos morais

Folhapress | 16:48 – 19/09/2025

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