A inflação oficial do país desacelerou em outubro e subiu apenas 0,09% de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta terça (11). O aumento menor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), quase estável, contrasta com o 0,48% registrado em setembro. No entanto, os preços acumulam uma alta de 4,68% nos últimos 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%.
Por causa disso, o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 15% por mais tempo, segundo relatou na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada mais cedo. O objetivo é conter o avanço dos preços e tentar fazer a inflação voltar para o centro da meta, de 3%.
Segundo o IBGE, a energia elétrica foi o item que mais ajudou a segurar os preços em outubro, com queda de 2,39%. A mudança na bandeira tarifária, que reduziu a cobrança extra na conta de luz, puxou o índice para baixo.
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Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, afirma que esse movimento é explicado pela mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés dos R$ 7,87.
“Isso, aliado à queda no grupo Habitação, contribuiu para a desaceleração observada”, disse.
Já os alimentos ficaram praticamente estáveis, com alta de apenas 0,01%. O arroz caiu 2,49%, e o leite longa vida, 1,88%. Já a batata-inglesa subiu 8,56%, e o óleo de soja, 4,64%. A alimentação fora de casa aumentou mais, com lanches subindo 0,75% e refeições, 0,38%.
Por outro lado, o grupo de vestuário subiu 0,51%, com destaque para calçados e acessórios (0,89%) e roupa feminina (0,56%). Em despesas pessoais, o empregado doméstico ficou 0,52% mais caro, e os pacotes turísticos subiram 1,97%.
O grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,41%, puxado por produtos de higiene (0,57%) e planos de saúde (0,50%). Em transportes, a alta foi de 0,11%, com aumento nas passagens aéreas (4,48%) e nos combustíveis (0,32%). Apenas o óleo diesel caiu, 0,46%.











