A prova de que a democracia do Brasil avançou, neste primeiro dia de julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e de militares envolvidos em tentativa de golpe de estado, é que até agora ninguém falou no “humor da caserna”.
Esse é um clichê jornalístico em que militares vazavam informações para pressionar as decisões de outros poderes. Era o maior símbolo da tutela militar sobre o poder civil.
Dessa vez, em que acontece um julgamento histórico e pela primeira vez general se senta no banco dos réus para responder por tentativa de golpe de estado, o comando do Exército não se preocupou em vazar o que a imprensa chama de “humor da caserna”.
O ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira é o único réu a comparecer presencialmente ao julgamento sobre a trama golpista no STF
Evaristo Sa/AFP