domingo , 7 setembro 2025
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Hugo Motta defende equilíbrio e pacificação em publicação nas redes sociais sobre 7 de Setembro


Hugo Motta faz publicação sobre o 7 de Setembro
Reprodução/Instagram
O presidente da Câmara, Hugo Motta, publicou neste domingo (7) em suas redes sociais um vídeo defendendo o equilíbrio e a pacificação do país. A publicação faz referência ao 7 de Setembro.
“Todo mundo conhece o grito que marcou a nossa história. Mas, hoje, num Brasil tão dividido, qual é o verdadeiro grito de independência que a gente precisa dar? A verdadeira independência é ter equilíbrio”, afirmou Motta.
Segundo Motta, o equilíbrio é necessário para abraçar as boas ideias, independentemente de onde elas vierem: esquerda, direita ou centro. Ele ainda ressaltou o momento polarizado em que o país vive (leia mais abaixo).
“Em um país que mais parece um campo de batalha, ter independência é escolher não lutar uma guerra de narrativas, mas sim trabalhar para entregar o resultado”, completou o presidente da Câmara.
Hugo Motta discute com líderes a proposta de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro
Hugo Motta também ressaltou a importância da independência do Brasil no contexto dos projetos que estão sendo discutidos e foram aprovados pela Câmara.
A publicação foi feita neste domingo, mesmo dia em que Motta participou das celebrações da independência do Brasil ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada dos Ministérios.
Na presença de Motta, parte do público gritou “sem anistia”, em referência à proposta que está sendo costurada no Congresso para anistiar envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
Pressão por anistia
Motta tem sofrido fortes pressões da oposição para pautar a proposta. A anistia é a principal bandeira dos oposicionistas e um tema dominante na Câmara e no Senado neste segundo semestre.
A ideia da oposição é livrar das penas não só as pessoas comuns envolvidas nos atos golpistas que culminaram dos ataques de 8 de janeiro, mas também os políticos envolvidos em investigações — como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
🔎Governistas e o próprio presidente Lula, no entanto, não querem a aprovação de uma anistia.
A discussão ganhou força nos últimos dias com o julgamento da Trama Golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em que Bolsonaro e ex-assessores e militares são réus por golpe de Estado.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto por violar medidas restritivas impostas anteriormente. Se for condenado, pode pegar até 43 anos de prisão. Ele também está inelegível, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político.
O PL, partido de Bolsonaro, é o principal interessado, e o Centrão também está endossando a medida de anistia. A aliança formada por União Brasil e PP, que tem maior bancada na Câmara, anunciou o desembarque do governo Lula recentemente para aderir à campanha da anistia.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, esteve em Brasília para tentar convencer Motta a colocar o tema em votação.
Não se sabe ainda qual texto seria votado. Um dos pontos em discussão é o alcance da possível anistia: se ela valeria apenas para quem já foi condenado pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 ou se alcançaria também o ex-presidente e seus aliados que estão sendo julgados no STF.
O presidente Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, participam do desfile do 7 de Setembro em Brasília
Adriano Machado/Reuters

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