O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é do próprio ministro, em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (29). Eles devem discutir as negociações com o governo dos Estados Unidos em prol de uma revogação das tarifas. Além disso, Haddad pretende levar a Lula propostas para fechar os Orçamentos de 2025 e 2026.
A reunião está prevista para ocorrer após a posse do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A cerimônia está marcada para as 16h, no Palácio do Planalto.
Sobre o Orçamento, o ministro disse estar “impressionado com a evolução da conversa” entre governo e Câmara. Com isso, ele acredita que o Colégio de Líderes deve pautar, em breve, “algumas matérias importantes para fechar o Orçamento da forma como planejado.”
Haddad ainda comentou sobre o projeto que pretende isentar da cobrança do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. O governo articula com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para que o projeto não retorne à Câmara.
VEJA TAMBÉM:
- Senado dos EUA aprova revogação de tarifas contra o Brasil, mas decisão final cabe a Trump
- Haddad diz que parte do PL “não dá nem para conversar”, mas que outra é favorável às medidas fiscais
Haddad tenta recuperar contas públicas enquanto Lula negocia tarifas com os EUA
O governo ainda se recupera da derrota da chamada MP da Taxação. Logo após a derrubada da medida, Haddad veio a público falar em medidas para compensar a perda de arrecadação. Na ocasião, falou em cortar R$10 bilhões em emendas parlamentares. O presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) reagiu. De acordo com Motta, cortar recursos de emendas parlamentares “é ir contra a população”.
Fernando Haddad é um dos ministros que participa de perto da negociação com Donald Trump. O presidente americano tem feito elogios a Lula, mas ainda não voltou atrás em nenhuma das medidas anunciadas contra o Brasil. O Senado americano aprovou, na terça-feira (28), a anulação da tarifa. A proposta, no entanto, ainda vai para a Câmara, de maioria governista. Ainda que aprovada nas duas casas, Trump ainda possuiria o poder de vetar o projeto.













