O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou, nesta sexta-feira (5/9), que a Faria Lima e as fintechs “são as vítimas do crime organizado”. A declaração ocorre após megaoperação desmobilizar um esquema no setor de combustíveis, com núcleos comandados por organizações criminosas e operadores da Faria Lima, principal centro financeiro do Brasil.
Para combater a atuação do crime organizado, o Banco Central anunciou, na manhã desta sexta-feira, uma série de medidas para reforçar a segurança do Sistema Financeiro Nacional (SFN), alvo de ataques de grupos criminosos nos últimos meses.
Segundo Galípolo, as medidas “são contra o crime organizado, não contra qualquer tipo de instituição ou segmento”.
Operação Carbono Oculto
- Uma megaoperação foi deflagrada, em 28 de agosto, contra um esquema criminoso no setor de combustíveis, que tem núcleos comandados por organizações criminosas e operadores da Faria Lima, principal centro financeiro e empresarial do Brasil.
- Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra 350 alvos (pessoas físicas e jurídicas) em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
- Para lavar dinheiro, o grupo teria criado uma estrutura empresarial, infiltrada na cadeia produtiva de combustíveis e no mercado financeiro, por meio de fintechs e 40 fundos de investimento com patrimônio de R$ 30 bilhões.
- Segundo a Receita Federal, uma rede de 1.200 postos movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, mas pagou apenas R$ 90 milhões (0,17%) em impostos.
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