quinta-feira , 30 outubro 2025
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Exército de Israel acolhe cessar-fogo, mas tropas permanecem em alerta

O Exército de Israel afirmou que “acolhe com satisfação a assinatura” do acordo de cessar-fogo com o Hamas, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nessa quarta-feira (8/10). Apesar disso, o exército informou que o Chefe de Gabinete, Eyal Zamir, instruiu “todas as forças a se prepararem com defesa sólida e estarem prontas para qualquer cenário”. A informação é do jornal Al Jazeera.

O comunicado acrescenta, ainda, que o Chefe do Estado-Maior Geral orientou as tropas a se prepararem para liderar a operação de resgate de reféns “com sensibilidade e profissionalismo”.

De acordo com o jornal, ataques foram resgistrados em Gaza após a assinatura do acordo. Caças israelenses teriam bombardeado áreas ocidentais da Cidade de Gaza, atingindo pelo menos uma casa no campo de Shati. Forças israelenses também detonaram um veículo blindado carregado de explosivos perto de casas no bairro de Sabra, ao sul da Cidade de Gaza. Não houve relatos de vítimas até o momento.

Manifestações de Netanyahu e Hamas

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, se pronunciou logo após o anúncio feito por Trump. “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”, disse. “Um grande dia para Israel. Amanhã convencerei o governo a aprovar o acordo e trazer todos os nossos queridos reféns para casa.”

O primeiro-ministro ainda agradeceu Trump, “do fundo do coração”, “pela mobilização nesta missão sagrada de libertar nossos reféns.”

O anúncio foi feito pelo presidente norte-americano em sua própria rede social, a Truth Social.

“Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que todos os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte e duradoura”, escreveu.

O Hamas também se manifestou após o anúncio de Trump. Na resposta, o grupo afirmou estar disposto a libertar todos os prisioneiros israelenses, vivos e mortos, seguindo a proposta por Trump.

“Afirmamos que os sacrifícios do nosso povo não serão em vão e que permaneceremos fiéis à aliança e não abandonaremos os direitos nacionais do nosso povo até que a liberdade, a independência e a autodeterminação sejam alcançadas”, afirmou o grupo.

A proposta foi mediada por Catar, Egito e Turquia e é composta por 20 pontos. O texto estabelece condições para o fim da guerra iniciada há dois anos entre Israel e Hamas. O conflito, que completou dois anos na terça-feira (7/10) teve mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos, de acordo com as autoridades de saúde em Gaza.

Do lado israelense, são 1.665 mortos, sendo 1,2 mil apenas nas primeiras horas do ataque do Hamas a Israel, que marca a data. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas na ação.

Conforme os dados oficiais, 48 reféns permanecem em Gaza, dos quais acredita-se que 20 estejam vivos.

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