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Ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins diz que Mauro Cid conta mentiras e nega minuta do golpe


Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, é reu em investigação sobre plano golpista
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Réu na trama golpista, o ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro Filipe Garcia Martins Pereira afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), em interrogatório nesta quinta-feira (24), que o tenente-coronel Mauro Cid “tem contado mentiras”.
Ele também negou ter tido contato com a chamada minuta do golpe, documento que previa medidas contra a ordem democrática para reverter o resultado das eleições, como a instalação de um Estado de Sítio e prisão de autoridades.
Filipe Martins é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrante do chamado núcleo 2 da organização criminosa criada para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, apesar do resultado das urnas.
🔎Esse grupo é definido pela PGR como o núcleo formado por acusados que ocupavam posições profissionais relevantes e gerenciavam as ações elaboradas pela organização da trama golpista.
Moraes manda soltar Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro
Martins responde no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e dano ao patrimônio tombado.
Delação de Mauro Cid
Ao Supremo, Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-assessor Filipe Martins discutiram juntos a redação de uma minuta de decreto golpista. Cid fechou acordo de delação premiada e também responde ao processo.
Segundo Martins, “o coronel delator tem contado mentiras”. Ele também negou a existência da minuta do golpe.
“Não existe nenhum documento com 10 páginas. O colaborador confirmou isso e posso afirmar isso não só não tive contato com minuta e nem durante esse processo. Minha defesa tem insistido em chamar de minuta fantasma, uma minuta que nunca apareceu e tem trazido outros danos de outra natureza.
O ex-assessor presidencial também declarou que não estava na reunião de Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas, quando teria sido apresentado o texto. De acordo com a denúncia, ele teria lido os chamados ‘considerandos’ da minuta.
“Eu não estava na reunião do dia 7 [ de novembro de 2022] e nunca me reuniu com comandantes militares.[…] Não participe de nenhuma reunião de minuta. Não houve consulta”.

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