A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou uma nota, nesta sexta-feira (12/9), condenando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da trama golpista. Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão, os EUA começaram a reagir, prometendo novas sanções ao Brasil.
A conta oficial da Embaixada dos Estados Unidos na rede social X usou uma publicação do vice-secretário de Estado, Christopher Landau, para se manifestar, com o seguinte texto: “Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Moraes desmantelar o Estado de Direito no país e arrastar as relações entre nossas grandes nações para o ponto mais sombrio em dois séculos”.
Segundo a publicação, “enquanto o Brasil deixar o destino dessa relação nas mãos do ministro Moraes, não vejo saída para esta crise”.
.@DeputySecState: Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Moraes desmantelar o Estado de Direito no país e arrastar as relações entre nossas grandes nações para o ponto mais sombrio em dois…
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) September 12, 2025
Além da embaixada, secretários de Trump reagiram à condenação de Bolsonaro, afirmando que os EUA preparam reações ao Brasil em resposta à decisão da Suprema Corte. A maioria das ameaças é direcionada a Moraes.
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Ainda não se sabe ao certo quais são os planos do governo de Trump para o Brasil nos próximos dias e quais novas sanções podem surgir em resposta à condenação de Bolsonaro. Entretanto, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, afirmou que os EUA podem “enviar caças F-35 e navios de guerra ao Brasil”.
A possibilidade de intervenção militar do governo norte-americano no Brasil vem sendo levantada desde o início da semana, após uma declaração da própria porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Ela disse que os EUA podem ter condições de intervir usando forças militares, caso necessário, após ser questionada sobre uma possível condenação de Bolsonaro.