As doenças de pele estão entre os principais motivos de consulta nos consultórios veterinários. Entre elas, a dermatite seborreica canina representa um desafio frequente, tanto para tutores quanto para profissionais da área. Segundo o médico veterinário Thiago Borba, a condição pode ter causas genéticas ou surgir como consequência de outras doenças, exigindo uma investigação criteriosa para um tratamento eficaz.
“As afecções dermatológicas representam um verdadeiro desafio para tutores e médicos veterinários. Isso não é diferente com a dermatite seborreica canina”, afirma Borba.
Sinais clínicos: o que observar
De acordo com o especialista, os sinais mais comuns da dermatite seborreica incluem vermelhidão da pele, queda de pelos, coceira intensa e até mesmo secreções. Um dos sintomas que mais chama a atenção dos tutores é o odor rançoso, característico em alguns casos da doença.
“Começa com vermelhidão, com coceira ou não. Além da vermelhidão e do prurido, a descamação é um sinal comum dela”, explica.
A aparência da pele muda visivelmente, e muitas vezes o animal demonstra desconforto constante. A presença de escamas, semelhantes à caspa, é outro indicativo importante da dermatite seborreica.
Existe cura?
A boa notícia é que, quando corretamente identificada e tratada, a dermatite tem cura. “Sim, existe cura se bem diagnosticada e tratada”, garante o veterinário. No entanto, é fundamental entender que a doença pode estar ligada a outros problemas de saúde do animal, o que exige uma abordagem mais ampla.
Diagnóstico e tratamento
Para tratar a dermatite seborreica, o primeiro passo é um diagnóstico preciso, feito por um especialista em dermatologia veterinária. O tratamento envolve o uso de xampus específicos, o controle ambiental e, muitas vezes, o tratamento de doenças secundárias que se aproveitam da fragilidade da pele afetada.
“É preciso identificar a origem através de exames com um especialista em dermatologia. O tratamento pode incluir o uso de xampus específicos e o manejo do ambiente. Muitas vezes é necessário tratar outras doenças secundárias que se aproveitam da infecção”, orienta Borba.
O veterinário também alerta que, embora a dermatite em si não seja fatal, complicações secundárias, como infecções oportunistas ou desidratação, podem representar sérios riscos à saúde do animal.
“Não, o que pode levar à morte são causas secundárias, como infecções oportunistas ou desidratação”, ressalta.