segunda-feira , 3 novembro 2025
Lar Economia Correios em crise terão R$ 20 bilhões de bancos públicos
Economia

Correios em crise terão R$ 20 bilhões de bancos públicos

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai obter um empréstimo junto a Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outros bancos para socorrer e evitar a quebra dos Correios. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o empréstimo pode chegar a R$ 20 bilhões e terá garantia do Tesouro Nacional

A estatal teria necessidade de R$ 10 bilhões em 2025 e mais R$ 10 bilhões em 2026. O dinheiro, em sua maior parte público, seria condicionado a medidas de ajustes e usado para garantir capital de giro e custear um plano que inclui demissões voluntárias e renegociação de passivos.

VEJA TAMBÉM:

Este valor de empréstimo em negociação deve cobrir pelo menos os montantes necessários para este ano, mas o valor final da operação ainda está em discussão. A realização do aporte complementar de recursos pelo Tesouro Nacional não está descartada, mas o tamanho desse repasse será definido de acordo com o espaço fiscal do governo.

A operação de crédito foi discutida em reunião na última quinta-feira (9) entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) e representantes do Tesouro Nacional, da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), do Banco do Brasil e da Caixa.

Correios em crise

O prejuízo sem precedentes de R$ 4,4 bilhões registrado pelos Correios no primeiro semestre de 2025 — já acima do recorde negativo de todo o ano anterior, de R$ 2,6 bilhões — expõe não apenas problemas de gestão e aparelhamento político atribuído à estatal. Traduz também a falta de visão estratégica e de agilidade da empresa para competir em um mercado de entregas em rápida e profunda transformação.

A gravidade da crise foi explicitada no balanço do período: a receita caiu 9,5% em relação ao primeiro semestre de 2024, somando R$ 8,9 bilhões. As despesas administrativas e financeiras dispararam para R$ 13,4 bilhões.

A persistir o ritmo, o déficit pode alcançar R$ 8 bilhões ao longo deste ano. Os aportes para bancar despesas básicas da estatal, como o pagamento de salários dos funcionários, finalmente chegaram.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem evitado confirmar publicamente o repasse de recursos, que podem comprometer ainda mais a situação fiscal, já que não há espaço no Orçamento. Mas já disse que os Correios inspiram “cuidados” e que há “muita preocupação” com a situação da estatal.

Artigos relacionados

Receita aperta o cerco ao aluguel com “CPF dos imóveis”

A Receita Federal intensifica o cerco à informalidade no mercado imobiliário com...

o cerco da Receita a aluguéis informais

A partir de 2026, proprietários que alugam imóveis informalmente enfrentarão um cerco...

China vai dar autorização especial ao Brasil para imporat chips

Fabricantes brasileiros do setor automotivo poderão receber uma autorização especial do governo...

Brasil deve propor aumento de fluxo comercial em acordo com Trump

O governo Lula discute internamente que propostas pode fazer a Donald Trump...