quarta-feira , 10 setembro 2025
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Congresso promulga PEC dos Precatórios, que libera R$ 12 bi para o governo federal em 2026


Congresso Nacional visto de cima com cúpula do Senado à esquerda e da Câmara à direita
Jornal Nacional/ Reprodução
O Congresso Nacional promulgou nesta terça-feira (9) uma emenda constitucional que impõe um limite de valor para o pagamento atrasado de precatórios por estados e municípios, na tentativa de desafogar as contas dos governos e prefeituras.
🔎 Essas são dívidas acumuladas pela União e governos locais cujo pagamento já foi determinado pela Justiça.
A medida amplia em R$ 12,4 bilhões o limite de gastos do governo federal em 2026, de acordo com a Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados. Na prática, a mudança possibilita um gasto extra no próximo ano, em que haverá eleições gerais.
🔎 Uma emenda constitucional modifica o texto da Constituição Federal. É realizada por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que precisa ser aprovada pelo Congresso.
A medida também criou uma transição de 10 anos, a partir de 2027, para que o governo federal incorpore o estoque de precatórios que deve na meta fiscal.
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional.
Andressa Anholete/Agência Senado
O efeito da emenda
Antes da emenda, a previsão era de que os precatórios dos municípios deveriam ser liquidados até o final de 2029. Um montante que, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dobrou desde 2019, passando de R$ 52 bilhões para R$ 105 bilhões em 2024.
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a proposta trará economia de R$ 1,5 trilhão em 30 anos para as prefeituras. O texto altera o indexador da dívida – da taxa Selic para o IPCA mais juros reais de até 4% ao ano.
👉🏽 O pagamento de precatórios será escalonado conforme o montante do valor atrasado. Quanto menor o estoque de precatórios que a prefeitura deixou de pagar, menor será a prestação que ela terá de quitar. O cálculo será refeito a cada 10 anos.
Caso os pagamentos atrasem, as novas regras serão suspensas e a Justiça poderá sequestrar o valor devido dos caixas das prefeituras ou governos estaduais.
Se em 2036 ainda restar pagamento atrasado de precatórios, os limites vão ser aumentados em 0,5 ponto percentual.

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