O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu o desenho do novo Auxílio Gás nesta quarta-feira (20/8). Ele pretende lançá-lo em setembro, visando dar sequência à retomada de popularidade do governo.
O Metrópoles apurou que o petista conversou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com quem bateu o martelo sobre a implementação do programa, que se dará por meio de vouchers para retirada dos botijões em distribuidoras.
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Interlocutores do presidente Lula explicam que será uma nova modalidade do Auxílio Gás, implementado por lei em 2021. Ele permitirá a retirada gratuita de botijões de gás de cozinha, e o Planalto calcula que a medida deve beneficiar 17 milhões de famílias, o que se traduziria em cerca de 50 milhões impactados diretamente.
No desenho que deve ser anunciado em breve, a revendedora do gás de cozinha receberia de volta um valor de referência regionalizado definido pelo governo federal. Ou seja, o modelo de voucher e reembolso impediria o desvio da verba do programa para outros fins. Essa era a maior preocupação do Planalto, que temia descontrole causado pelo modelo anterior, que era pago em dinheiro.
Segundo fontes do governo, a ideia por enquanto é oferecer gratuidade limitada a um benefício por família. Para receber o benefício, os núcleos familiares deverão estar inscritos no CadaÚnico e receber renda per capita mensal menor ou igual a meio salário mínimo. Serão priorizadas aquelas que tenham renda per capita mensal até o limite estabelecido no Bolsa Família.
Busca de popularidade
O presidente Lula havia anunciado, neste mês, que estava finalizando o desenho do novo Auxílio Gás. A ideia do Planalto é de que a medida ajude as famílias mais pobres diante do aumento do preço do gás de cozinha, o que pode ter impacto direto na popularidade do governo federal, que quer aproveitar a onda positiva mostrada pelas mais recentes pesquisas de opinião.
O levantamento Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (20/8) mostrou que a aprovação do governo Lula subiu pela segunda vez seguida e alcançou 46%. A desaprovação reduziu e marcou 51%. Os que não souberam ou não responderam correspondem a 3%.