Com o pai em prisão domiciliar em Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) planeja nova ida a Washington na próxima semana, para discutir novas sanções a autoridades brasileiras.
À coluna o jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo, que acompanhará Eduardo em Washington, disse que a viagem já estava programada antes da ordem de prisão de Bolsonaro, na segunda-feira (4/8).
“Na semana que vem, Eduardo e eu voltaremos a Washington. Vamos reportar como estão as conversas políticas, de bastidores. Como que os bancos estão lidando com as sanções, o próprio Judiciário, etc.”, afirmou o jornalista.
Figueiredo disse que a prisão de Bolsonaro ensejará reações, mas ponderou que novas sanções exigem tempo. “Obviamente vai ter reação. Mas sanção não é assim. Exige documentação”, afirmou.
Na quarta-feira (30/7), o governo Trump anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A lei pode dificultar transações financeiras do magistrado dentro e fora do Brasil.
Como noticiou a coluna, os bancos brasileiros recorreram à Febraban e a escritórios de advocacia internacionais para tentar entender os limites da aplicação da lei americana dentro do Brasil.
Em uma avaliação preliminar, alguns bancos dizem que as restrições se aplicariam apenas a movimentações financeiras externas de Moraes, tese que lideranças bolsonaristas refutam.
No mesmo dia do anúncio da nova sanção contra Moraes, Trump publicou a ordem executiva sobre o tarifaço, deixando de fora uma série de produtos, como suco de laranja, celulose e aeronaves civis.