Caminhoneiros do Brasil cogitam uma possível paralisação da categoria após uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (18/7). Lideranças do movimento dizem que a operação contra o ex-presidente foi a “gota d’água” em meio às reivindicações da categoria.
Em suas redes sociais, o deputado Zé Trovão (PL-SC) disse, nesse domingo (20/7), que vem sendo cobrado pela categoria sobre uma possível greve. O parlamentar ainda afirma que se reunirá hoje com lideranças dos caminhoneiros, parlamentares de direita e representantes do agronegócio para discutir o tema.
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“Irei me reunir com os pontas de lança nesta segunda-feira em Brasília. Se todos entenderem que é o momento de uma paralisação, eu estarei na pista junto com eles”, afirmou o parlamentar.
Porém, parte da categoria diverge de Trovão. De acordo com o presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS), os caminhoneiros autônomos não pretendem parar. “Não vamos parar nada, a não ser que não se cumpra com o que o governo prometeu em outubro de 2024.”
Já o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) afirma que caso os caminhoneiros e profissionais de transporte decidam parar, a maior parte da categoria deve aderir ao movimento. “Se o povo decidir que esse é o caminho, estaremos com o povo ou seremos parados por uma guerra ideológica.”
Paralisação dos caminhoneiros
Em 2018, uma greve dos caminhoneiros durou dez dias. Caminhoneiros de todo o Brasil pararam em protesto contra os reajustes frequentes nos preços dos combustíveis, especialmente do óleo diesel. A greve causou grandes impactos no país, incluindo desabastecimento de combustíveis e alimentos.