Diante do avanço da ação do Bradesco que cobra informações sobre o “sumiço” do dinheiro da Camargo Corrêa, os advogados da construtora decidiram reclamar da banca que representa o banco no processo.
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Foi enviada notificação em que os advogados da Camargo Corrêa reclamavam das ações do banco contra os executivos da construtora e, sobretudo, das estratégias do Warde Advogados, escritório que representa o Bradesco.
A Camargo Corrêa alegou que o Warde Advogados já teria trabalhado para a construtora e que, por conta disso, as ações em que a banca representa o Bradesco configurariam conflito de interesse e violação de princípios éticos.
A Warde Advogados respondeu a notificação por meio de uma carta ao advogado da Camargo Corrêa, Eduardo Munhoz, que recuou para afirmar que “a finalidade da notificação foi a de solicitar aos órgãos de governança do Bradesco a análise da conduta de seus administradores quanto às decisões tomadas ao iniciarem litígio contra a Mover e 71 pessoas físicas (acionistas, diretos e indiretos, e administradores da Mover), não se devendo inferir nenhuma acusação ao escritório Warde Advogados”.
A ação contra a Camargo Corrêa, que atualmente se identifica como Grupo Mover, foi movida pelo Bradesco, um dos principais credores da construtora. O Bradesco alega que a Camargo Corrêa distribuiu mais de R$ 2 bilhões em dividendos desde 2015, levando o grupo à recuperação judicial, enquanto os seus acionistas continuam ricos.
Há suspeita de esvaziamento patrimonial do grupo para blindar os responsáveis e evitar o pagamento de credores e de acordos de leniência firmados no âmbito da operação Lava Jato.
