segunda-feira , 8 setembro 2025
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Após 3º caso de hérnia, DM do Corinthians alerta: ‘Aparecerá cada vez mais’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians vive uma sequência de diagnósticos de hérnia inguinal no elenco profissional. Depois das cirurgias do zagueiro Gustavo Henrique e do lateral Hugo, o atacante Yuri Alberto foi o terceiro jogador do clube a passar pelo procedimento nesta temporada.

‘CASOS COMO ESSES VÃO APARECER MAIS’

O chefe do departamento médico (DM) do clube, Dr. André Jorge, explicou que a lesão é cada vez mais identificada no futebol, tanto por causa do avanço nos exames quanto pela relação com outros problemas crônicos e comuns no esporte.

“Primeiramente, a hérnia do atleta é um diagnóstico extremamente comum mesmo. Hoje, com a melhora do diagnóstico, a melhora da definição de imagem e até de diagnóstico mesmo dos exames, a gente conseguiu entender que muitas lesões, até crônicas do atleta, como pubalgia, lesão de adutor, tendinites de adutor, nessa região da bacia, estão muito interligadas com a hérnia inguinal”, disse o médico.

“O diagnóstico é difícil, muitas vezes a hérnia não é grande, mas é crônica. Trata-se a parte muscular e ortopédica, mas se não há resultado, investiga-se mais e descobre-se a hérnia. Hoje, o diagnóstico e as cirurgias de hérnia inguinal aumentaram porque atletas com dores crônicas não conseguem performar sem resolver o problema [principal]. É um conceito recente, e cada atleta reage de forma diferente por causa dessa fragilidade.”

Neste cenário, o departamento médico do Timão entende que a série de lesões iguais não tem qualquer relação com a preparação física, mas são uma obra do acaso.

“É um azar, mas também algo relativamente positivo, porque muitos atletas tratam dores crônicas sem que ninguém saiba. Com a cirurgia, mesmo que fique parado um ou dois meses, o atleta volta com performance e saúde melhores. A associação entre lesões ortopédicas e a hérnia está mais clara nesta sexta-feira (15), e por isso há mais diagnósticos. Casos como esse vão aparecer cada vez mais”, afirma André Jorge.

CALENDÁRIO CHEIO PODE SER FATOR DE RISCO

Além do ponto citado pelo médico do Corinthians, há outros fatores de risco para os jogadores, como pouco tempo de recuperação, gênero e a faixa etária. A maior incidência dos casos de hérnia inguinal é entre homens jovens.

“A hérnia inguinal é uma fraqueza, um defeito da parede abdominal na região da virilha. É muito mais frequente em homens do que em mulheres e, no caso dos atletas, está principalmente associada ao esforço físico repetitivo”, diz André Augusto Pinto, cirurgião do aparelho digestivo, à reportagem.

De acordo com o Dr. André Augusto, que é especialista em hérnia inguinal, o calendário cheio do futebol brasileiro também pode ser um agravante. Assim como outros músculos do corpo, a parede abdominal precisa de tempo para recuperação após esforço intenso.

“Os atletas são expostos a uma atividade física muito intensa, sem tempo de descanso e, às vezes, com falha no reforço dessa musculatura… Isso vai aumentando essa fraqueza e causando cada vez mais dor. Menos horas de sono, menos descanso físico… A musculatura não é recuperada adequadamente e ela é exposta a esforços de repetição muito grandes. Esse esforço repetitivo com pouco tempo de recuperação aumenta esse tipo de hérnia”, diz André Augusto.

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