A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta terça (23) que a conta de luz do mês de janeiro não terá cobrança extra, em que vigorará a chamada bandeira tarifária verde. A decisão ocorre após um mês de dezembro sob a bandeira amarela, que impôs um custo extra de R$ 1,88 a cada 100kWh.
Já no mês anterior, vigorava no Brasil a tarifa de bandeira vermelha patamar 1, com um custo extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh.
“Nesse período chuvoso estamos com chuvas abaixo da média histórica. Contudo, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas, e em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, afirmou a Aneel em comunicado.
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Ao longo do ano, a Aneel impôs diferentes bandeiras tarifárias aos brasileiros por causa da variação da geração de energia por conta das condições climáticas. Em 2025, a inflação da conta de luz residencial teve uma alta de 11,95% e respondeu sozinha por 0,47 ponto percentual do IPCA-15, a prévia da inflação divulgada também nesta terça (23).
“A Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica, mesmo em períodos favoráveis. A economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, pontuo a agência em nota.
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como uma sinalização mensal sobre o custo real da geração de energia elétrica no Brasil. Quando as condições de chuva são desfavoráveis, o governo precisa acionar usinas termelétricas (mais caras), e esse custo extra é repassado imediatamente ao consumidor por meio das cores das bandeiras.
Este mecanismo evita que as distribuidoras acumulem dívidas com juros para repassar apenas no reajuste anual, permitindo que o consumidor ajuste seu consumo conforme o preço sobe.












