quarta-feira , 17 dezembro 2025
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Haddad diz que aporte aos Correios será abaixo de R$ 6 bilhões

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (8) que o aporte do Tesouro Nacional aos Correios deve ficar abaixo dos R$ 6 bilhões em 2025. Ele destacou que há espaço fiscal em 2025 para um aporte, mas reforçou que a medida não está definida.

Existe a possibilidade de combinar o aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano. “Até teria [espaço], mas não é uma coisa que está decidida”, disse o ministro a jornalistas após se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Os dois discutiram os projetos que o governo quer que sejam aprovados antes da votação do Orçamento de 2026, prevista para a próxima semana. Haddad reiterou que qualquer ajuda financeira será condicionada ao plano de reestruturação da estatal.

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“Nós sempre estamos condicionando tudo a um plano de reestruturação. Os Correios precisam mudar, precisam ser reestruturados”, disse. Inicialmente, os Correios cogitavam receber um reforço de caixa de R$ 6 bilhões do Tesouro para cobrir o prejuízo do mesmo valor acumulado de janeiro a setembro, informou a Agência Brasil.

O aporte pode ser viabilizado por meio de crédito extraordinário ou via Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN), caso o governo considere necessário. Ambas as alternativas ainda estão em avaliação pela equipe econômica.

Na semana passada, o Tesouro negou um pedido de empréstimo de R$ 20 bilhões feito pela estatal. Haddad disse que o empréstimo pode ser aprovado ainda este ano, mas lembrou que a negociação com os bancos continua travando o avanço.

“É uma possibilidade, mas não estamos jogando com uma possibilidade só por causa da negociação com os bancos”, afirmou.

No último dia 28, os Correios informaram que o prejuízo acumulado em 2025 chegou a R$ 6 bilhões até setembro. O valor é quase o triplo do registrado para o mesmo período do ano passado, quando o rombo bateu R$ 2,1 bilhões.

A estatal apontou que o resultado negativo é uma consequência da queda acentuada na receita, impulsionada por serviços internacionais, e um disparo nas despesas operacionais e financeiras, especialmente aquelas relacionadas a passivos judiciais e encargos da dívida.

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