Os Correios avisaram a um consórcio de bancos que não prosseguirão com um empréstimo destinado a captar R$ 20 bilhões para financiar seu plano de reestruturação.
A decisão veio após o Tesouro Nacional reprovar a taxa de juros de 136% do CDI (ou cerca de 18% ao ano, com a Selic em 15%) para um empréstimo com garantia do governo federal.
“A Diretoria Executiva dos Correios segue trabalhando, em conjunto com os ministérios, na avaliação de alternativas que reforcem a liquidez imediata da empresa, assegurando o andamento das iniciativas necessárias para a recuperação financeira da estatal”, informaram os Correios.
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A operação de empréstimo, que teria por objetivo a reestruturação da estatal, em crise e acumulando prejuízos bilionários sem precedentes há quatro anos, seria contratada junto a instituições como Banco do Brasil, BTG Pactual, Citibank e Safra, entre outros.
O Tesouro considerou a taxa de 136% do CDI abusiva, sendo o limite máximo de 120% para um prazo de 10 anos. O órgão comunicou a desaprovação da operação em uma reunião nesta terça-feira (2), em Brasília, e indicou que haverá uma nova rodada de negociação. Os Correios informaram, por meio de nota, que buscam alternativa.
A operação havia sido aprovada pelo conselho de administração da estatal na sexta.
