segunda-feira , 3 novembro 2025
Lar Economia Alvo de críticas de Lula, Eletrobras muda de nome para Axia
Economia

Alvo de críticas de Lula, Eletrobras muda de nome para Axia

A Eletrobras anunciou nesta quarta (22) a conclusão do seu reposicionamento de marca três anos após ser privatizada e passará a se chamar Axia Energia. A antiga estatal brasileira de energia foi vendida em junho de 2022 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e entrou no foco das críticas do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a manifestar o desejo de rever a desestatização.

De acordo com um comunicado ao mercado, a mudança do nome é um “novo capítulo em sua trajetória como a maior empresa de energia do Hemisfério Sul”, e que “nasce a partir de seu legado e representa a visão de futuro” da empresa com mais de 60 anos de existência.

“O nome AXIA, de origem grega, significa ‘valor’ e remete também à ideia de ‘eixo’, aquilo que conecta, sustenta e gera movimento. A nova identidade consolida o processo de transformação iniciado em 2022, que tem tornado a Companhia mais inovadora, ágil e preparada para responder aos desafios tecnológicos, regulatórios e de mercado”, afirmou o vice-presidente financeiro e de relações com investidores, Eduardo Haiama (veja na íntegra).

VEJA TAMBÉM:

  • Direita articula derrotas ao governo em meio à crise e ataques de Lula contra o Centrão

Por outro lado, a mudança do nome, segundo a agora Axia, não terá qualquer mudança nos compromissos contratuais, empresariais ou regulatórios. Os códigos de identificação da empresa nas bolsas de valores de São Paulo (B3) e Nova York (NYSE) também serão modificados a partir do dia 10 de novembro.

“A iniciativa reflete a convicção de que o futuro da energia será construído por empresas sólidas, confiáveis e capazes de catalisar negócios que impulsionam o desenvolvimento econômico sustentável”, completou o comunicado.

Durante a campanha eleitoral de 2022 e, após assumir a presidência, Lula classificou a privatização da Eletrobras como um “escárnio” e um “retrocesso” no setor estratégico de energia.

“A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio nesse país que se fez em um setor estratégico como o setor de energia”, disse Lula em um evento oficial no ano passado. Ele emendou afirmando que “há muita gente nesse país que teima em retroceder”.

No começo deste ano, o petista conseguiu, em uma negociação com os acionistas, aumentar a participação do governo no Conselho de Administração da empresa, que foi alvo de fortes críticas de Lula. Se antes a União tinha uma cadeira em um conselho de nove membros, passou a ter três em um colegiado de dez integrantes.

No entanto, o poder de voto de 10% nas assembleias de acionistas foi mantido, mesmo tendo cerca de 40% das ações conforme estabelecido no modelo de privatização.

“A União poderá indicar 3 dentre os 10 membros do conselho de administração e 1 dentre os até 5 membros do conselho fiscal (e respectivo suplente), respeitadas as condições de elegibilidade previstas no Estatuto Social da Companhia”, disse a Eletrobras em um comunicado na época.

Artigos relacionados

Receita aperta o cerco ao aluguel com “CPF dos imóveis”

A Receita Federal intensifica o cerco à informalidade no mercado imobiliário com...

o cerco da Receita a aluguéis informais

A partir de 2026, proprietários que alugam imóveis informalmente enfrentarão um cerco...

China vai dar autorização especial ao Brasil para imporat chips

Fabricantes brasileiros do setor automotivo poderão receber uma autorização especial do governo...

Brasil deve propor aumento de fluxo comercial em acordo com Trump

O governo Lula discute internamente que propostas pode fazer a Donald Trump...