domingo , 2 novembro 2025
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Oposição articula criação de CPI dos Correios por empréstimo

Após o anúncio do presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, de que a estatal contratará um empréstimo de R$ 20 bilhões, com garantia da União, a fim de sanar o rombo na estatal, a oposição fala em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Os deputados federais Zé Trovão (PL-SC), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zucco (PL-RS) anunciaram, nesta quinta-feira (16), que iniciaram a coleta de assinaturas.

O requerimento já possui 125 das 171 assinaturas necessárias para abertura da CPI. Apesar de já estar próxima da instauração, há outra sugestão na mesa: senadores defendem a criação não de uma CPI, mas de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Com isso, haveria envolvimento tanto de deputados quanto de senadores.

Zé Trovão falou em defesa das apurações. Para ele, a estatal é estratégica e, por isso, “não pode depender de socorro do Tesouro para continuar funcionando”. A oposição, nesse sentido, defende que ocorra a apuração dos mecanismos de governança e transparência, bem como se há respeito à lei das estatais.

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Deputado de oposição aciona TCU contra empréstimo

Em outra frente, o deputado federal Alberto Neto (PL-MT) protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o empréstimo. O parlamentar de oposição argumenta que o descontrole financeiro dos Correios pode configurar violação à Lei de Responsabilidade Fiscal e ao arcabouço fiscal. Também pede, nesse sentido, a suspensão do empréstimo, até que se apure sua regularidade. O rombo, argumenta, “pode se transformar em um novo escândalo fiscal.”

Rondon anunciou que, só em junho, o rombo se aprofundou em R$ 5,6 bilhões. Diante disso, a empresa só voltará a dar lucro em 2027. Até lá, o plano de recuperação prevê a liberação em duas parcelas: R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 10 bilhões em 2026.

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