segunda-feira , 22 setembro 2025
Lar Cidade Lula critica omissão e “tirania do veto” do Conselho de Segurança
Cidade

Lula critica omissão e “tirania do veto” do Conselho de Segurança

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, nesta segunda-feira (22/9), que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) cire um órgão especial para tratar da questão palestina diante da “omissão do Conselho de Segurança”.

Lula participou da reunião de alto nível promovida pela França e pela Arábia Saudita para a questão palestina e sugeriu que a nova instância para o conflito no Oriente Médio seja inspirado no comitê especial contra o apartheid na África do Sul.

Leia também
  • Mundo

    Lula: conflito em Gaza é símbolo maior da crise do multilateralismo
  • Brasil

    “Tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir”, diz Lula
  • Paulo Cappelli

    Governo Lula quer multa milionária a big techs sem endereço no Brasil
  • Brasil

    A Lula, TikTok confirma investimentos no Brasil e acena para regulação

“Diante da omissão do conselho de segurança, a assembleia geral precisa exercer sua responsabilidade. Apoiamos a criação de um órgão inspirado no comitê especial contra o apartheid que teve um papel central no fim do regime de segregação racial sul-africana”, declarou.

Lula também criticou o que chamou de “a tirania do veto” como um dos maiores obstáculos enfrentados para o multilateralismo, em referência ao poder do voto único que pode derrubar uma resolução do Conselho de Segurança.

“O conflito é símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo. Ele mostra que a tirania do veto sabota a própria razão de ser da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram sua fundação se repitam”, disse.

O Conselho de Segurança é formado por 15 países membros. Desse total, cinco possuem assentos permanentes. São eles: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. O Brasil defende ter uma vaga no colegiado.

Além de Lula, compareceram à reunião a primeira-dama Janja Lula da Silva, que vestia um kefi, um lenço tradiconal palestino. Também estavam presentes os ministros das Relações Internacionais, Mauro Vieira, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.

O petista também voltou a chamar a atuação militar de Israel no conflito de “genocídio”. Condenou a atuação do Hamas, mas disse que o direito de defesa do país judeu “não autoriza a matança indiscriminada de civis”.

“Nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de 50 mil crianças. Nada justifica destruir 90% dos lares palestinos; usar a fome como arma de guerra, nem alvejar pessoas famintas em busca de ajuda”, declarou.

Artigos relacionados

Lula diz nos EUA que Trump errou ao escolher não conversar com Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta...

Lula leva jabuticabas para rainha da Suécia: “Surpresa muito bonita”

Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serviu...

PCDF cogita fechar sede de torcida do Flamengo após vascaíno ser morto

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cogita pedir à Justiça o...

Jimmy Kimmel volta ao ar após comentário polêmico sobre Charlie Kirk

O talk show Jimmy Kimmel Live! retorna à grade da ABC nesta...