domingo , 21 setembro 2025
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Donald Trump, aspirante  a ditador dos Estados Unidos

Na terra onde se plantando tudo dá, não daria para convencer ninguém, salvo golpistas e desinformados, que o governo deve controlar a imprensa e submetê-la às suas vontades. Só em países autoritários isso é possível. Na Rússia, Hungria, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, Emirados Árabes e outros tantos, por exemplo.

Imagine Lula a pressionar emissoras de televisão para que demitam jornalistas críticos do seu governo. Ou se recusando a responder perguntas incômodas durante entrevistas coletivas. Ou enchendo o Palácio do Planalto de influenciadores que só influenciam a seu favor. Ou a mandar cortar assinaturas de jornais.

A propósito: se não me engano, muitas dessas coisas foram feitas por Bolsonaro. Ele chegou a montar um cercadinho no Palácio da Alvorada onde só seus devotos tinham acesso e poderiam lhe dirigir perguntas. Devotos pautados para perguntar o que ele gostaria de responder. Jornalistas mantidos à distância.

Nos Estados Unidos, tido como berço da democracia, a assaz louvada Primeira Emenda à Constituição está sendo rasgada por Donald Trump, que fez da livre manifestação de pensamento uma de suas bandeiras de campanha para se reeleger. A Primeira Emenda é considerada sagrada pelos americanos.

Ela diz: “O Congresso não deverá fazer qualquer lei a respeito de um estabelecimento de religião, ou proibir o seu livre exercício; ou restringindo a liberdade de discurso, ou da imprensa; ou o direito das pessoas de se reunirem pacificamente, e de fazerem pedidos ao governo para que sejam feitas reparações de queixas.”

A liberdade de discurso (fala), ou da imprensa, é levada ao extremo e respeitada literalmente. Foi em nome dela que Trump escreveu uma carta a Lula mandando que o Supremo Tribunal Federal suspendesse “IMEDIATAMENTE” o julgamento de Bolsonaro e dos demais golpistas pelo crime de tentativa de golpe de Estado.

É o mesmo Trump que agora ameaça a liberdade de fala e de imprensa no seu país. Apresentadores de programas de TV críticos a ele estão sendo intimidados ou perdendo o emprego. Em julho último, por pressão de Trump, o comediante Stephen Colbert não teve seu contrato renovado pela CBS, maior emissora de TV aberta.

Há quatro dias, o programa de Jimmy Kimmel, na rede ABC, foi suspenso após ele comentar o assassinato do ativista de extrema-direita Charlie Kirk, apoiador de Trump. No dia do assassinato, Kimmel condenou o ato, solidarizando-se com a família de Kirk. Depois, criticou o uso político da tragédia.

Brendan Carr, o chefe da Comissão Federal de Comunicações, principal órgão regulador de mídia do país, declarou que a programação da ABC que “não servisse ao público” deveria ser substituída. Emissoras e empresas de comunicação dependem do governo para aprovar fusões e aquisições.

A censura se insinua por toda parte. O Departamento de Defesa passou a exigir que jornalistas credenciados obtenham a aprovação do governo para publicar qualquer informação a seu respeito. Os profissionais que não cumprirem a determinação podem perder a credencial de acesso ao Pentágono.

Na quinta (18), Trump afirmou que a licença de funcionamento de emissoras contrárias a ele simplesmente deveria ser cassada. Por aqui, Bolsonaro disse algo parecido em relação à Rede Globo de Televisão. Mas nos estertores do seu governo, renovou a licença da emissora. Dá para entender por que Trump socorre Bolsonaro.

 

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