O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmou nesta sexta-feira (12/9) que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trata-se de “censura e perseguição de Moraes”. Além de Beattie, outros políticos ligados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também repercutiram o julgamento da trama golpista.
A conta oficial do Gabinete do Subsecretário de Diplomacia Pública no X (antigo Twitter) divulgou uma nota dizendo: “Ontem, quatro dos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal votaram pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. Esta decisão representa um novo marco fatídico no complexo de censura e perseguição do juiz Moraes, violador de direitos humanos sancionado, contra Bolsonaro e seus apoiadores. Levamos esse acontecimento sombrio com a maior seriedade”.
Yesterday, four of the five justices on Brazil’s Supreme Court voted to sentence former President Jair Bolsonaro to 27 years in prison.
This ruling marks a fateful new milestone in sanctioned human rights abuser Justice Moraes’ censorship and persecution complex targeting…
— Senior Official for Public Diplomacy (@UnderSecPD) September 12, 2025
A reação do subsecretário de Trump vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para condenar Bolsonaro e seus aliados no julgamento da trama golpista. O ex-presidente foi condenado a 27 anos.
A publicação de Beattie foi endossada pelo bolsonarista Paulo Figueiredo, foragido da Justiça brasileira que vive nos EUA e é considerado “braço direito” do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nas articulações junto ao governo Trump. Em outras situações, Figueiredo já “adiantou” retaliações do norte-americano contra o Brasil.
“Não percam a conta. Já tivemos manifestações duras do Secretário de Estado, do Vice-Secretário e agora do Subsecretário. Todos em tom de aviso do que virá. Isso sem contar o conselheiro político pessoal do presidente e inúmeros membros do Congresso dos EUA”, disse Figueiredo.
Recentemente, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia dito, ao ser questionada sobre se o Brasil poderia ser alvo de novas retaliações norte-americanas após o julgamento de Bolsonaro, que os EUA poderiam usar forças militares para intervir, caso necessário.