quinta-feira , 4 setembro 2025
Lar Política Julgamento da trama golpista: maioria dos réus indica que deve acompanhar sessões no STF de forma remota
Política

Julgamento da trama golpista: maioria dos réus indica que deve acompanhar sessões no STF de forma remota


Entenda como será julgamento de Bolsonaro e mais sete réus
Às vésperas do início do julgamento, a maioria dos réus do chamado núcleo crucial da trama golpista indica que não deve ir presencialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar a análise da ação penal, quando haverá a definição se serão absolvidos ou condenados.
Não há nenhuma regra que obrigue a presença deles, que serão representados por suas defesas. De acordo com advogados, os acusados devem assistir pela televisão.
A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro é dada como uma dúvida. Isso porque ele está em prisão domiciliar após descumprir restrições impostas pelo Supremo, como a proibição de do uso de redes sociais (leia mais abaixo).
Para ir ao Supremo, Bolsonaro precisa pedir autorização ao ministro Alexandre de Moraes.
Advogados teriam recomendado que o ex-presidente não fosse presencialmente. No entorno do ex-presidente, no entanto, há quem defenda que a ida seria uma demonstração de força.
No recebimento da denúncia, Bolsonaro indicou, incialmente, que não iria, mas chegou a acompanhar uma das sessões.
O ex-presidente também esteve na Primeira Turma em junho, quando foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O general Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro, por tentar atrapalhar as investigações, deve assistir o julgamento pela televisão.
Trama golpista: Os episódios que levaram o julgamento de Bolsonaro
LEIA MAIS:
Fux vai divergir de Moraes, mas não deve pedir vista, avaliam ministros do STF
Bolsonarismo foca no pós-julgamento do STF com Trump dobrando aposta, mais Magnitsky e cogitam até embargo
Trama golpista: veja como PGR liga atuação da organização criminosa aos atos de 8 de janeiro
Advogados afirmaram que indicaram aos réus que não compareçam até para evitar exposição. Também não devem ir ao Supremo:
Mauro Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do esquema;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
No Supremo, há expectativa de que o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, acompanhe presencialmente alguma sessão de julgamento.
Ainda não há informações sobre a decisão do deputado Alexandre Ramagem, que é ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Interrogatórios dos réus da Ação Penal (AP) 2668
Gustavo Moreno/STF
Sessões de julgamento
A Primeira Turma do STF reservou cinco dias e oito sessões para o julgamento, que começa na manhã desta terça-feira (2) e se estende até o dia 12 de setembro
A Procuradoria-Geral da República sustenta que o núcleo crucial — onde foram enquadrados esses oito réus — liderou uma organização criminosa que atuou para manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
Todos os réus negam participação numa trama golpista e pedem a rejeição da acusação por falta de provas.
O núcleo crucial da trama golpista e os crimes pelos quais são acusados
Arte/g1

Artigos relacionados

Câmara aprova projeto que proíbe descontos nos benefícios pagos pelo INSS

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) um projeto de lei...

Haddad diz ser contra texto que dá ao Congresso poder de demitir diretores do BC

“A eventual transformação do Banco Central em entidade de direito privado fragilizaria...

Caso Dreyfus é citado na defesa de acusados da trama do golpe

Em silêncio, eles investigaram e coletaram informações sobre o caso, que depois...