quarta-feira , 5 novembro 2025
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“Brasil não pode servir de quintal de ninguém”, afirma Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (23/8) que o Brasil não abrirá mão da própria soberania e que o país não pode “servir de quintal de ninguém”.

A declaração foi dada durante a sessão que escolheu a nova Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Haddad, que participou da reunião de maneira remota,  destacou que o Brasil não deve restringir parcerias, já que mantém diálogo com diferentes nações.

“Estamos diante de um desafio geopolítico. O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Temos tamanho, densidade e importância para manter e garantir a nossa soberania”, disse o ministro.

Haddad lembrou que o governo brasileiro nunca cogitou abrir mão da relação com os Estados Unidos, mas ressaltou que ela não pode ocorrer “nas condições que estão sendo colocadas”, especialmente após o tarifaço de 50% aplicado pelo presidente Donald Trump.

“Jamais passou pela nossa cabeça abrir mão da parceria com os EUA, mas não nas condições que estão sendo colocadas. Dialogamos com todos os governos e, em vários momentos, o presidente Lula, em seus três mandatos, teve ótimas relações com presidentes americanos, sejam democratas ou republicanos. Não há razão para que isso mude, até porque o governo Trump é temporário. Não podemos abrir mão da nossa soberania, da independência dos nossos poderes”, completou.

Eleição

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne neste sábado (23/8) para escolha da nova Executiva Nacional. As modificações acontecem após a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) obter a maioria dos votos no Processo de Eleições Diretas (PED) de 2025. Além da presidência, o grupo irá ocupar os cargos mais estratégicos da sigla, como Comunicação e Finanças.

Em julho, Edinho Silva, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e ex-prefeito de Araraquara (SP), conquistou a maioria dos votos para assumir a presidência nacional do PT. Com pensamento mais alinhado ao centro, o novo presidente deve buscar alianças mais distantes da esquerda tradicional de olho nas eleições presidenciais de 2026.

Edinho contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chegar ao comando do partido. Agora, a nova Executiva Nacional será escolhida a partir de nomes ligados à CNB.

Entre os nomes já definidos, está o de Gleide Andrade, próxima à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que deixou a presidência da sigla em março para assumir uma cadeira no Palácio do Planalto. Gleide deve permanecer na Secretaria de Finanças.

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