SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – João Fonseca voltou a sofrer consigo mesmo e amargou uma de suas derrotas mais duras no ano. Jogando abaixo do que já mostrou ser capaz em quadra, o brasileiro levou um baque em Cincinnati pela forma como se despediu na terceira rodada e tem menos de duas semanas para se reerguer mirando o último Grand Slam do ano.
OSCILAÇÃO PRÉ-US OPEN
O carioca de 18 anos, que já furou o top 50, ganhou apenas sete games na derrota para o francês Terence Atmane, número 136º do mundo. Aproveitando o seu serviço e a atuação errática do rival, o tenista de 23 anos, vindo do classificatório, despachou João em dois sets diretos, aplicando 6/3 e 6/4. Atmane teve o domínio completo da partida.
Foi o segundo maior tropeço de Fonseca em 2025, considerando o placar. Ele igualou o baixo número de games vencidos de outras duas derrotas, mas desta vez deu menos indícios de reação na segunda parcial. Em abril, caiu na estreia do Challenger de Estoril para o holandês Jesper de Jong (#93) por 6/2 e 7/5, mas teve chances de forçar o tie-break. Já em fevereiro, caiu no Rio Open, também na primeira rodada, diante do francês Alexandre Muller (#60) por 6/1 e 7/6, onde quase levou o jogo para o terceiro set.
Seu pior resultado no ano foi, disparado, o atropelo sofrido para Jack Draper em Indian Wells, em março. Ele encarou o britânico, então 14º do mundo, na segunda rodada do Masters 1000 e levou até pneu (o único na temporada) no segundo set, após batalhar no primeiro: 6/4 e 6/0. No entanto, ele penou com um algoz veio a se sagrar campeão do torneio.
Nesta gira da quadra dura da América do Norte, o brasileiro vem de duas eliminações para rivais fora do top 100. No Masters 1000 de Toronto, caiu na estreia para o australiano Tristan Schoolkate (#103). O torneio canadense foi o seu primeiro compromisso após a disputa de Wimbledon, onde perdeu para o chileno Nicolás Jarry (#143). Até o final de abril, ele ainda não havia perdido para rivais que estão atrás dele no ranking.
João enfrenta uma fase ruim duas semanas antes de estrear no US Open. Sensação internacional, ele passou a oscilar nos últimos meses e precisa reencontrar seu tênis nesses 12 dias para voltar a brilhar em um grande palco. O principal torneio norte-americano começa no dia 24 deste mês, um domingo, e o brasileiro está confirmado na chave principal.
Apesar da eliminação doída pela forma como foi, Fonseca vai voltar a subir no ranking e pode até registrar uma nova melhor posição. Ele começou o torneio em 52º e aparece na posição 44 do Live Ranking da ATP, mas pode cair posições dependendo da campanha de quem o persegue na lista. Seu recorde atual no ranking foi registrado em 21 de julho, quando ocupou o posto de número 47 do mundo.