Lula, presidente do Brasil, e Donald Trump, presidente dos EUA
Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (4) indica que 5% dos brasileiros dizem que situação econômica do país vai piorar no futuro.
O resultado mostra piora no cenário em comparação ao levantamento anterior, em junho de 2025, antes do anúncio do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A pesquisa questionou os entrevistados qual impressão eles têm da economia nos próximos meses. Veja os números:
Piorar: 45% (eram 33% em junho);
Melhorar: 28% (eram 32%);
Ficar como está: 22% (eram 31%).
Em um mês, foram 12 pontos a mais entre aqueles que imaginam piora da economia, enquanto caiu 4 pontos entre aqueles que preveem melhora. O grupo que respondeu “ficar como está” também diminuiu: 9 pontos.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas, com 16 anos ou mais, nos dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.
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O Datafolha mapeia a impressão dos brasileiros com a economia desde abril de 2019. A atual marca é a pior fora do período da pandemia, com o pico de 65% de respostas prevendo piora da economia brasileira em março de 2021.
Depois, em março de 2022, esta resposta foi dada por 40% dos entrevistados e não atingiu mais tal patamar.
A parcela dos brasileiros que veem melhora na economia está em seu menor patamar desde o início do governo Lula 3, com os 28% nesta segunda-feira. Em março de 2023, eram 46% das respostas com indicativo positivo, índice que chegou no ápice em dezembro daquele ano, com 47%, e caiu 19 pontos até o atual levantamento.
Os entrevistados que sentiam a economia em movimento de estagnação também estão no menor número já registrado no atual governo petista. Eram 26% em março de 2023, subiu para o pico de 37% em dezembro de 2024 e agora recuou 15 pontos na divulgação mais recente.
Situação dos últimos meses
Os entrevistados indicam piora nos números quando o questionamento é sobre a situação econômica dos últimos meses. Para 51%, o quadro está pior, 25% veem as finanças do mesmo jeito e, para 23%, melhorou.
A pesquisa questionou os entrevistados qual impressão eles têm da economia nos últimos meses. Veja os números:
Piorou: 51% (eram 47% em junho);
Ficou como estava: 25% (eram 28%)
Melhorou: 23% (eram 22%).
Houve oscilação para cima de 4 pontos, no limite da margem de erro, entre as pessoas com visão pessimista da economia recente do país. Os que indicam estabilidade oscilaram 3 pontos para baixo, já os otimistas oscilaram 1 ponto para cima.
Situação pessoal
O pessimismo dos entrevistados se refletiu nos questionamentos relacionados às suas situações pessoais, com piora nos indicadores nesta pesquisa em comparação à anterior, em junho.
Em relação ao futuro, os entrevistados responderam que sua economia vai…
Melhorar: 45% (erma 53% em junho);
Ficar como está: 31% (eram 31%);
Piorar: 22% (eram 14%).
Já a impressão dos últimos meses, as pessoas responderam que a sua economia…
Piorou: 37% (eram 33% em junho);
Ficou como estava: 36% (eram 38%);
Melhorou: 26% (28%).
O Datafolha mostra que, pela primeira vez no atual mandato de Lula, a percepção de piora na situação pessoal empata na margem de erro com o percentual dos que veem estabilidade
