segunda-feira , 4 agosto 2025
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Sem medalha no Mundial, natação do Brasil mostra dificuldade de renovação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Terminou no domingo (3) a edição 2025 do Mundial de Esportes Aquáticos, realizada em Singapura. A série de competições, que teve o brilho da canadense Summer McIntosh e o da norte-americana Katie Ledecky como alguns de seus pontos altos, voltou a exibir as dificuldades de renovação da natação do Brasil, que não teve nenhum representante no pódio.

A exemplo do que havia ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado, o país não conquistou medalhas nas águas abertas ou nas piscinas. Quem chegou mais perto foi Guilherme Caribé, 22, nos 100 m livre. Ele ficou com a quarta colocação, 0s18 atrás do dono do bronze, o australiano Kyle Chalmers.

“Estou feliz com minha participação, mas é bem frustrante bater em quarto. Isso é o esporte”, disse o baiano, que já havia ficado em oitavo na final dos 50 m borboleta e vivia a expectativa de brigar por uma medalha nos 50 m livre. Nesta prova, no entanto, acabou ficando fora da decisão na OCBC Arena, em Kallang.

Caribé foi o único brasileiro a atingir finais nas provas de velocidade. Nomes como Guilherme Costa (400 m livre) e Maria Fernanda Costa (200 m livre e 400 m livre) viajaram a Singapura na expectativa de disputar as baterias decisivas, porém não alcançaram resultados suficientes nas etapas eliminatórias ao longo da semana.

O Brasil também não se aproximou do pódio no polo aquático, no nado artístico e nos saltos ornamentais. Na disputa em águas abertas, nas quais tem histórico de bom desempenho, o país obteve um sexto lugar (10 km) e um oitavo (5 km) com Ana Marcela Cunha, 33, que admitiu estar perto da aposentadoria.

“É óbvio que a gente treina e faz tudo para chegar ao pódio, mas não só isso. A gente quer brigar pelo primeiro lugar. Não sei se terei outra chance”, afirmou a baiana, que tem um currículo invejável, com 16 medalhas em Mundiais e um ouro olímpico, obtido nos Jogos de Tóquio, em 2021, nos 10 km.

Lendas das piscinas, Ryan Lochte e Michael Phelps publicaram a foto de uma lápide “em memória da natação dos Estados Unidos”. A imagem era acompanhada da mensagem: “Chame-o de um funeral ou o chame de um novo começo. Temos três anos”. Era uma referência aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.

Katie Ledecky, 28, não pareceu afetada pela suposta má fase norte-americana. A craque, dona de nove medalhas de ouro olímpicas, triunfou nos 1.500 m pela sexta vez no Mundial e foi hepta nos 800 m, em uma grande final. Foi campeã com o tempo de 8min05s62, à frente da australiana Lani Pallister (8min0s98) e a canadense Summer McIntosh (8min07s29).

McIntosh, bronze nessa prova, foi um dos destaques em Singapura. A canadense de 18 anos esteve perto do recorde estabelecido por Phelps de cinco medalhas de ouro em um Mundial. Ela triunfou nos 200 m medley, nos 400 m livre e nos 200 m borboleta antes de fechar sua campanha, neste domingo, com uma vitória nos 400 m medley.

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