sexta-feira , 1 agosto 2025
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Nova sanção a Moraes por governo Trump é vista no Itamaraty como agressiva e maior crise da história na relação dos países

A decisão de aplicar sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, anunciada nesta quarta (30) pelo governo de Donald Trump, foi vista por profissionais do Ministério das Relações Exteriores como a maior crise na relação entre Brasil e Estados Unidos “em 200 anos de história”.
Especialmente porque a nova sanção foi anunciada dias antes de entrar em vigor a tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA.
A diplomacia brasileira já estava empenhada em negociar as tarifas comerciais. Após a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, a percepção no Itamaraty mudou.
Segundo interlocutores ouvidos pelo g1, “não há disposição para negociação que resista a esse tipo de agressividade”. Na tarde desta quarta, Trump oficializou o tarifaço contra o Brasil.
Trump assina decreto e oficializa tarifaço de 50% contra o Brasil
Diplomatas vão discutir ao longo desta tarde as reações oficiais que poderão ser adotadas ao novo anúncio do governo americano.
Moraes e outros ministros do Supremo já haviam tido seus vistos americanos cancelados pelo governo Trump.
Agora, com a imposição da Lei Magnitsky a ele, que é o relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, todos os eventuais bens do magistrado nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ele.
Moraes também não deve poder realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA — usando cartões de crédito de bandeira americana, por exemplo.
A medida foi comemorada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vinha pleiteando a medida junto ao governo Trump.
Eduardo é investigado por suspeita de crimes como coação no curso do processo, pois, segundo a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), está atuando para coagir ministros do Supremo com o objetivo de livrar sei pai, Jair, de uma condenação criminal.

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