quinta-feira , 11 setembro 2025
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Sábado é o dia com mais furtos de celulares no Brasil; veja horários de pico


Roubos caem, mas os golpes dispararam em 2024
Sábado é o dia da semana com mais furtos de celulares no Brasil, aponta o Anuário de Segurança, divulgado nesta quinta (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O crime acontece principalmente às 10h e no fim do dia, entre 18h e 20h. Os dados são de 2024.
O estudo existe desde 2011 e mapeia os registros criminais anualmente feitos pelas secretarias de segurança pública dos 26 estados e do DF.
Ao longo de 2024, os registros de roubos e furtos de celulares caíram 13%, mas superaram 917 mil casos.
De acordo com o Anuário, 18% dos furtos acontecem nos sábados e 16%, aos domingos. Os finais de semana concentram 34% dos registros deste crime no país.
Veja também:
Amapá é o estado mais violento; Maranguape (CE), a cidade; veja ranking
Roubos caem e golpes sobem
Feminicídios e mortes de crianças e adolescentes crescem em meio a queda da violência no Brasil
Mortes pela polícia caem no país, mas sobe em 10 estados; SP lidera alta
Mulheres e homens se dividem de forma igual, em 50% cada, entre as vítimas de furto, enquanto 46% de quem tem o celular furtado tem de 20 a 39 anos.
Infográfico – Roubos e furtos de celulares por estado em 2024.
Arte/g1
Em relação aos roubos de celulares, crime em que há ameaça ou violência cometida contra a vítima, os registros se concentram de segunda a sexta-feira, nos dias úteis, e caem aos finais de semana.
Em relação aos horários, os roubos de celulares se concentram no período da noite, com 41% registros entre 18h e 23h. Oito em cada dez roubos são na rua.
Em caso de roubo ou furto, dono do celular pode informar o número de IMEI à polícia para ajudar a localizar o celular
Reprodução/RBS TV
Os homens (59%) são mais alvo de roubos de celulares do que as mulheres (41%). Pessoas de 20 a 39 anos concentram 52% das vítimas.
As cidades com mais celulares subtraídos são São Luís (MA), com taxa de 1.600 aparelhos levados a cada 100 mil habitantes; Belém (PA), com taxa de 1.452; e São Paulo (SP), com 1.425 casos a cada 100 mil pessoas.
Recuperação de celulares
O estudo mapeou que 1 em cada 12 celulares levados dos donos são recuperados pelas polícias, o que representa 8% de todos os crimes.
Além disso, 12 estados e o DF com ao menos um programa estadual para recuperação dos celulares: AL, BA, CE, MA, PB, PE, SE, PI, ES, MG, PA, AM e o DF.
Pelo Anuário, 8 estados não possuem nenhum programa voltado para o tema: AP, GO, RN, RS, RO, RR, SC e TO.
Outros 6 estados têm iniciativas isoladas, conforme define o Anuário. São eles MT, MS, SP, AC, PR e RJ.
O Anuário aponta que a queda nos roubos e furtos são “uma boa notícia”, mas que a recuperação de celulares e devolução aos donos “oscila bastante e parece indicar limitações na capacidade de processamento e investigação de tais casos pelo Poder Público”. “Essa deveria ser uma agenda a ser priorizada”, diz o estudo.
Outros destaques do Anuário:
Feminicídios e mortes de crianças crescem no Brasil em meio a queda de assassinatos;
1 em cada 5 medidas protetivas com urgência concedidas pela Justiça brasileira foram descumpridas pelos agressores em 2024;
registros de roubos e furtos de celulares caíram 12,6%, mas o número de aparelhos tomados das pessoas supera 917 mil. Quinta e sexta são dias com mais roubos de celulares no país;
dos aparelhos roubados, as polícias brasileiras recuperaram 1 em cada 12 ao longo do ano passado. A quantidade representa 8% dos 917 mil aparelhos levados;
as 10 cidades mais violentas do Brasil estão concentradas no Nordeste, metade delas na Bahia. Segundo o estudo, os municípios sofrem com disputas de facções pelo controle do tráfico de drogas. Veja a lista;
o investimento dos governos federal, estaduais e municipais em segurança pública cresceu 6% e chegou a R$ 153 bilhões em 2024; as cidades investiram 60% mais do que em 2021;
os registros de novas armas caíram 79% de 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), para 2024, já no governo Lula (PT). A fabricação de armas no país caiu 92,3% de 2021 a 2024;
o total de pessoas presas cresceu 6% no Brasil em 2024 e chegou a 909.594. No entanto, há déficit de vagas, que supera 237 mil em todo país. Há, ainda, 13% da população carcerária que cumprem pena com tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar;
os estados de RN e SC lideram as interrupções de aulas por conta de violência no entorno das escolas ou creches públicas, como ataques e toques de recolher; RJ é o 3º;
há crescimento nos casos de bullying e cyberbullying. Vítimas de bullying são, majoritariamente crianças partir de 10 anos (47%) e, no cyberbullying, adolescentes de 14 e 17 anos (58%).

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