Lar Política Congresso aprova reajuste de 9% em salários das Forças Armadas; impacto de R$ 3 bilhões em 2025
Política

Congresso aprova reajuste de 9% em salários das Forças Armadas; impacto de R$ 3 bilhões em 2025


Salários de militares custam mais de R$ 20 bilhões por ano
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (16) uma medida provisória (MP) que reajusta o salário-base de militares das Forças Armadas.
A proposta autoriza a concessão de um reajuste linear de 9% a todos os militares da ativa, da reserva e pensionistas. O impacto será de R$ 3 bilhões em 2025 e de R$ 5,3 bilhões em 2026 – totalizando R$ 8,3 bilhões nos dois anos.
Os deputados já haviam aprovado o projeto na semana passada. A MP foi editada governo federal em março deste ano. O prazo de validade da MP se esgotaria em agosto.
Uma parte da atualização salarial dos militares já está valendo desde abril deste ano. Outra parcela (4,5%) será concedida em 1º de janeiro de 2026, caso a MP se torne lei.
O que muda?
O reajuste impacta apenas o chamado “soldo” — a remuneração básica de um militar. Além dessa parcela, os militares podem receber outros adicionais, o que, na prática, pode tornar o salário maior.
💲O salário mais baixo das Forças Armadas passará de R$ 1.078 para R$ 1.177. Patentes mais altas terão os vencimentos ampliados de R$ 13.471 para R$ 14.711.
O governo diz que, em 2025, a medida vai custar R$ 3 bilhões aos cofres públicos. No próximo ano, o impacto será de R$ 5,3 bilhões. Ao todo, ainda segundo o Planalto, 740 mil pessoas serão beneficiadas pelo reajuste.
O governo afirma que o reajuste faz parte de um acordo firmado com as Forças Armadas e segue os pactos firmados com outros servidores públicos, que também receberam reajuste de 9%.
O Palácio do Planalto argumenta que a medida busca “mitigar” os efeitos da inflação dos últimos anos que levaram a uma “defasagem na remuneração dos militares e pensionistas”.
Militares cobravam mais
Ao longo dos últimos meses, militares criticaram os percentuais propostos pelo governo federal e cobraram um reajuste ainda maior.
Uma das propostas levadas à mesa de negociação com o Planalto previa um aumento de 18%.
Soldados do exército brasileiro participam de parada militar comemorativa do Dia do Soldado em Brasília
Eraldo Peres/AP
Relator da medida provisória na comissão mista, o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) se reuniu com representantes do governo e do Ministério da Defesa para tentar elevar o reajuste.
Ao g1, Pazuello disse que o governo teve “muita boa vontade” e se mostrou favorável a ampliar o reajuste. Mas, segundo ele, o aumento não será possível por falta de orçamento.
“Não dá. Eu queria muito, mas não dá. O orçamento não comporta. Tentei várias hipóteses, reajustes mais escalonados, mas não dá”, afirmou.
Em seu parecer, o deputado destacou a discordância com o reajuste concedido pelo governo, mas ressalvou que estava impedido de modificar os percentuais.

Artigos relacionados

Veja os principais recados de Moraes na abertura do segundo semestre Judiciário

Foto de arquivo: ministro do STF Alexandre de Moraes durante sessão na...

STF determina que AGU inclua no pedido de extradição de Zambelli caso da perseguição armada

Justiça da Itália mantém prisão de Carla Zambelli O ministro Gilmar Mendes,...

COP30: motel muda camas e cobre espelhos para receber comitivas em novembro | Cop 30

Com a expectativa de receber 50 mil visitantes, a capital paraense ainda...

Extradição de Zambelli: como o governo brasileiro pode atuar no caso?

Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) faz coletiva de imprensa após a Polícia...