sexta-feira , 5 setembro 2025
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DF registrou 9 mortes por afogamento no Lago Paranoá desde janeiro | Distrito Federal

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal registrou 15 afogamentos no primeiro trimestre de 2017. Dez delas foram no Lago Paranoá e nove resultaram em morte. A última confirmação de vítima fatal é de um bebê encontrado no lago neste domingo (9).

No ano passado, os bombeiros contabilizaram 68 afogamentos e 19 mortes. O comandante da Companhia de Salvamento Aquático da corporação, Victor Mendonça, explicou ao G1 que alguns afogamentos não geram chamados de emergência e todas as vítimas socorridas que acabam morrendo nos hospitais não entram na estatística de óbitos.

“Quando encaminhamos a pessoa ao hospital, não temos mais controle sobre o quadro de saúde dela. Se vier a morrer, não ficamos sabendo e, por isso, não temos como contabilizar.”

Segundo a corporação, para tentar reduzir o número de mortes por afogamento, foram instalados em outubro de 2016, cinco pontos de observação no lago Paranoá, onde 16 guarda-vidas trabalham nos fins de semana e feriados. No restante da semana, eles ficam nos quartéis e atuam somente quando o Disque 193 é acionado.

“Infelizmente, a gente não vê os números diminuírem.”

A incidência varia conforme a época do ano. De acordo com Mendonça, 50% dos afogamentos ocorrem entre dezembro e fevereiro – quando é verão – e coincide com datas festivas, como ano-novo e carnaval. Em julho, a incidência também é alta “porque é o mês das férias escolares”.

Bombeiros fazem simulação de afogamento no Lago Paranoá, em Brasília — Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

A maioria das vítimas é homem, na faixa etária dos 18 aos 30 anos, e economicamente ativa. “Geralmente, quem se afoga com este perfil fez uso de bebida alcoólica”, afirmou o subtenente da companhia, Alan Valim. Segundo ele, a embriaguez na condução de lanchas, barcos e jet-skis é também a primeira causa dos acidentes aquáticos.

As mortes, no entanto, são resultado de uma “mistura de ‘não saberes’”, segundo Mendonça. “A pessoa está nadando, às vezes bebendo algo, e quem está à volta não sabe dizer quando e em que ponto a vítima se afogou. Ainda tem a correnteza, que dificulta o resgate.”

“Raramente [os afogamentos] são casos de pessoas que não sabiam nadar.”

Neste domingo (9), um bebê foi encontrado boiando no Lago Paranoá. Segundo os bombeiros, o corpo foi visto por um homem que andava de moto aquática próximo à Península dos Ministros, no Lago Sul, por volta das 17h30. A Polícia Civil investiga a causa da morte.

Uma semana antes, o corpo de um homem de 30 anos foi encontrado no Lago Paranoá. Outros dois morreram afogados entre os dias 10 e 12 de março – um no Lago Paranoá e o outro na lagoa de Brazlândia.

Casos de morte chegam ao grupamento de Busca e Salvamento dos Bombeiros pelo Disque 193 como “busca e resgate de cadáver”. Nestas ocasiões, são os mergulhadores que atuam, porque precisam resgatar o corpo imerso na água. Segundo o subtenente Valim, as mortes no Lago Paranoá correspondem a 20% das ligações.

Os corpos resgatados são levados ao IML para a realização da autópsia. Nem todos os casos resultam de afogamento. “Há pessoas que foram assassinadas e jogadas no lago, ou que bateram a cabeça, caíram na água e, então, se afogaram”, explicou o subtenente.

Bombeiros resgatam corpo de bebê encontrado morto no Lago Paranoá, em Brasília — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Os cinco pontos de observação com guarda-vidas na orla do lago são Pontão do Lago Norte; na Prainha dos Orixás, ao lado da ponte Honestino Guimarães; na Ermida Dom Bosco; próximo à Ponte JK; no piscinão do Lago Norte, entre o Varjão e o Paranoá; e na Ponte do Bragueto.

De acordo Valim, os guarda-vidas fazem uma média de 70 orientações e cinco salvamentos por fim de semana. “A ação ocorre quando as pessoas estão nadando em áreas perigosas, ou muito no fundo, e quando entram na água com objetos cortantes ou bebida alcoólica”.

Os bombeiros recomendam que os banhistas dêem preferência por nadar próximo aos pontos de observação. As lagoas de Ceilândia e de Samambaia, por exemplo, não há monitoramento.

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